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Bem-Estar Integral: Terapias que Ajudam e Fazem Bem

Bem-estar integral

Pets tratados com terapias complementares têm menos dor, ficam mais relaxados e mais ativos.

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Foto: Two Clicks Fotografia

Era com pulinhos de felicidade que o pequeno Thor sempre recebia sua tutora, a analista de sistemas Ni Koyama, de São Paulo. O Yorkshire Terrier de 10 anos é muito ativo, gosta de pular na cama e descer as escadas correndo, mas, em 2018, o comportamento enérgico começou a vir acompanhado de muita dor. Foram três anos de idas e vindas ao veterinário e sessões de acupuntura para aliviar o incômodo – causado pela redução do espaço entre duas vértebras –, até que, em 2021, o problema se estendeu, acarretando sua piora. No veterinário, foi detectado um estreitamento da traqueia, além de bicos de papagaio. 

Foto: Two Clicks Fotografia

Diante do diagnóstico de discopatia cervical, com risco de evolução para tetraplegia, a solução foi adaptar a casa – com proteção nos móveis para impedi-lo de pular e placas de EVA espessas para evitar escorregões, conforme sugestão da fisioterapeuta e do ortopedista – e combinar medicações e terapias como eletroterapia, magnetoterapia, laserterapia e hidroterapia, além de acupuntura e fisioterapia. “Hoje, sem nenhuma crise à vista, ele faz sessões mensais, e pretendemos seguir assim para sempre”, afirma Ni. E os benefícios são visíveis: “ele ganhou qualidade devida e, apesar de ter perdido alguma liberdade, continua feliz, bagunceiro e cheio de energia”, compartilha a tutora, que reúne fotos do seu cãozinho no Instagram@thor_koyama. Inclusive, na página, o que mais chama a atenção das pessoas é o tênis, mais uma adaptação feita para que ele não escorregue em pisos lisos na rua.

Treço da Publicação...

Energia em Equilíbrio

A busca pelo equilíbrio do animal é o objetivo máximo das terapias complementares e, para que essa meta seja alcançada, é necessário trabalhar não só na reenergização do pet como de todo o ambiente em que ele vive. A cristaloterapia, por exemplo, ainda incipiente na prática veterinária, busca energizar o ambiente, a água e os alimentos usados pelo animal. “Quando trabalhamos a energia do ambiente, estamos modulando a forma que a energia de desequilíbrio, causadora da doença, se ameniza”, afirma José Eduardo, do Instituto Equilibrium.

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Revista Cães & Cia

Segundo a médica-veterinária Cristina Arakaki, de Santo André, SP, a escolha do cristal certo, com o tamanho, a dureza, a coloração e a composição adequadas – bem como a forma correta de se trabalhar com ele -, garantirá que ele absorva e transmita a energia na medida da necessidade do animal e do ambiente onde ele está inserido. A profissional costuma combinar a cristaloterapia a outras técnicas, como Reiki e cromoterapia, e as sessões geralmente têm um custo de R$ 120 a R$ 150.

A cromoterapia também age para equilibrar a energia interior e exterior. “Ela consiste no uso da cor para equilibrar as células e seu complexo sistema metabólico. Em UTIs, por exemplo, pode diminuir em até 70% o tempo de recuperação”, informa José Eduardo.

“Isso porque diminui o estresse ambiental, traz conforto e potencializa o efeito analgésico”, complementa Mauro Guerra, médico-veterinário da Vet Popular. Ele conta que, por estimular o sistema nervoso central e melhorar a circulação, a cromoterapia também acelera a cicatrização e promove um aumento da vitalidade do paciente.

“Para um pet muito agitado, podemos usar a luz azul, com suas propriedades calmantes”, exemplifica o veterinário.

Já no Reiki, é pelas mãos que a energia vital do universo é transmitida, no intuito de melhorar a saúde física, mental e emocional. Segundo a veterinária integrativa Elisangela Tavares, da OM Vet, de Taboão da Serra, SP, que também trabalha com cromoterapia e cristaloterapia, entre outras técnicas, o tratamento com Reiki pode ser indicado em casos de problemas ortopédicos, neuropatias, cardiopatias, degeneração de órgãos, tumores, cicatrização pós cirurgia, agressividade, compulsão, ansiedade de separação, hiperatividade, medo, apatia e depressão, entre outros.

Ela explica que cada indivíduo responde de uma forma: “já solucionamos quadros de ansiedade de separação aguda com apenas duas sessões, assim como há animais que pedem um acompanhamento mais constante para manutenção da analgesia e do bem-estar e outros que, com uma única aplicação, já resolvem uma lesão, inflamação ou infecção de pele”. O custo das sessões de Reiki varia entre R$ 80 e R$ 300.

Por: Lila de Oliveira

Fonte: Revista Cães & Cia