Medicina Integrativa Veterinária
Uso de homeopatia, florais, fitoterápicos, ozônio, entre outros tratamentos crescem também entre os pets.
Tratar o paciente como um todo, desde sua parte física até seu emocional, tudo de forma individualizada para o paciente em foco. Esse é o conceito básico para os veterinários adeptos da Medicina Integrativa, que tem crescido bastante nos últimos 15 anos. Como consequência desse crescimento, muitos veterinários têm se especializado em áreas como a homeopatia, fitoterapia, aromaterapia e medicina tradicional chinesa. Não à toa, em 2019, foi criada a Associação Brasileira de Medicina Veterinária Integrativa (ABMVI), com sede em Ribeirão Preto-SP. “ABMVI nasceu pela parceria de um grupo de profissionais interessados em expandir a área das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), com o intuito de tornar mais acessível o conhecimento desta área para todos”, conta o médico-veterinário Dr. Aloisio Carvalho, presidente da entidade, que soma quase 10 mil veterinários membros. “O número de estabelecimento de atendimento dessa área tem aumentado bastante. Porém, alguns pontos ainda precisam ser melhorados para que a Medicina Integrativa cresça ainda mais em nosso país, como maior incentivo governamental às pesquisas na área e mais abertura das universidades, que ainda são muito engessadas no ensino de técnicas mais tradicionais na veterinária”, diz. Ainda de acordo com Aloisio, dentro da Medicina Integrativa as áreas que mais crescem são a Homeopatia, Acupuntura e a Ozonioterapia. “Elas têm muitos trabalhos publicados e o reconhecimento do Conselho Federal de Medicina Veterinária”, acrescenta. A seguir, conversamos com profissionais da área sobre a Veterinária Integrativa.
O Poder das Plantas
Alguns tratamentos complementares como a fitoterapia, homeopatia e florais, usam as plantas como fonte base do tratamento. Por meio delas e de produtos minerais triturados, em forma de cápsulas, chás ou usados topicamente, tem-se um resultado mais benéfico para os animais e o meio ambiente, se compararmos com os efeitos dos remédios de farmácia. Segundo o Dr. Matheus Amauricio Krolow, professor nos cursos de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), Acupuntura e Fitoterapia Chinesa do Instituto Equilibrium, de São Paulo-SP, e Mestre em Fitoterapia Chinesa, os benefícios dessas terapias são inúmeros. “Elas partem desde o trabalho preventivo da saúde geral do paciente, seja ela física ou mental (emocional), passam pelos tratamentos às queixas mais importantes (doenças ou desarmonias) do paciente, e até mesmo como controle contra recidivas de doenças ditas incuráveis, manutenção e controle da dor em situações específicas e até mesmo tratamento concomitante nas doenças oncológicas e de medicina paliativa. As vantagens vão desde o custo extremamente baixo até a cura dos quadros e doenças”, revela. Ainda segundo Matheus, na fitoterapia, cada fórmula é composta por várias plantas ou partes de plantas, conhecidas como matérias médicas. “É importante o conhecimento amplo do prescritor, pois uma mesma planta pode variar a eficácia, terapêutica e ação de acordo coma parte utilizada. Por exemplo, a raiz de uma determinada planta tem efeito totalmente contrário do que a folha dela. A forma de preparo também irá interferir”, alerta.
Toda doença pode ser tratada com uso da fitoterapia chinesa. “Isso ocorre, pois não direcionamos a fórmula e/ou o tratamento para a queixa e sim ao paciente todo em questão. Pode ser utilizada como tratamento único ou coadjuvante a outras técnicas, desde que elaborada ou prescrita por um médico-veterinário com o conhecimento das áreas”, aponta Matheus, que também utiliza a terapia como prevenção de doenças. “A saúde estando em equilíbrio, a doença tende a não se manifestar. A análise preventiva é uma das leis de cura, assim conhecidas, da MTC. Segundo a antiguidade, devemos procurar o atendimento quando estamos plenos de saúde e não tratar o problema após o seu aparecimento”, diz.
Matheus tem percebido aumento na procura dessas terapias tanto por parte dos tutores como de colegas veterinários. “Acredito que essa busca tenha ligação com os bons resultados históricos que a MTC e a fitoterapia, é uma das bases dela, têm desde a antiguidade, e com a facilidade em fazer uso delas”, comenta o veterinário, que aponta a Espanha como um país onde a MTC tem sido bastante estudada e divulgada. No Brasil, a resistência que ele ainda sente pelo uso das técnicas está mais na forma que os médicos em geral tendem a tratar o problema, focando nos sintomas.“Somos formados na Universidade para diagnosticar o problema, por meio dos sintomas, não necessariamente a causa, que na maioria das vezes não tem ligação com a queixa do paciente. Quando o profissional precisa desenvolver essa visão abrangente, precisa reaprender a base de tudo, reeducar seu pensamento e isso cria uma certa relutância. Outro ponto, é que muitos ainda acreditam que as plantas podem amenizar, mas não curar. Isso se deve, pois, a fitoterapia nacional, brasileira ou dita comum, de fato tem uma ligação com os sintomas. Já a fitoterapia chinesa por atuar de maneira integrativa e energética, age de modo amplo”, comenta. “Não existe algo melhor ou pior, e sim, aquilo que tende a ser mais amplo e resolutivo para o paciente. Ter o conhecimento fará com que o profissional saiba escolher o que melhor atende o paciente, seja pelo fator monetário, disponibilidade nas farmácias, etc., sempre com o foco em tratá-lo como um todo”, finaliza.
Homeopatia
Matheus, que também atua como homeopata, aponta que ainda existe uma certa relutância no uso da homeopatia pela cultura que se instalou, de que ela não funcionaria por ser um remédio diluído. “Isso na verdade já caiu por terra há décadas. Se a homeopatia não funcionou, é porque ou o remédio foi escolhido errado ou a potência ou dose está inadequada, simples assim”, diz.
O veterinário homeopata Dr. Marcos Fernandes, do Instituto Marcos Fernandes, de São Paulo-SP, aponta os inúmeros benefícios da Homeopatia aos pets: “Facilidade de administração dos medicamentos homeopáticos; baixo custo quando comparada a terapêutica convencional que é muito mais onerosa; ausência de efeitos colaterais (o que não significa que esta terapêutica má utilizada não traga consequências negativas para o paciente), se diferenciando completamente da medicina convencional; trata o indivíduo na sua totalidade (físico, mental e emocional); é sustentável, pois a sua produção produz menos resíduos industriais.”
Ainda segundo ele, a homeopatia é recomendada para o tratamento de quaisquer doenças ou como terapia principal, onde utiliza-se, exclusivamente, medicamentos homeopáticos ou como terapia complementar, em conjunto à outras terapias. “A homeopatia veterinária foi a primeira especialidade a ser reconhecida oficialmente pelo CFMV. Ela cresce a cada dia impulsionada pela procura dos tutores de pequenos animais que querem tratamentos mais completos, integrativos, de baixo custo e menos agressivos ao organismo animal. Ela também é muito procurada por produtores de proteína animal que a utilizam, cada vez mais, em animais de produção, especialmente carne e leite. O Brasil é o grande exemplo de utilização da homeopatia do mundo, tanto em qualidade dos profissionais que a prescrevem como a quantidade de prescrições. O crescimento das terapias integrativas na medicina veterinária no Brasil é exponencial. Somos um povo inteligente, aberto e muito consciente de uma nova realidade mundial”, opina Marcos Fernandes, que percebe uma grande redução na resistência da utilização desta terapêutica. “Hoje, essa resistência está restrita aos profissionais que não se atualizam ou não querem, por motivos que desconheço, reconhecê-la como importante, eficaz e que trás resultados cada vez melhores”, diz. Para os veterinários que pretendem atuar na área, o primeiro passo é a busca pela especialização. “Há cursos de qualidade no Brasil e prova de título de especialista realizado pela Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB), que representa os médicos veterinários homeopatas”, acrescenta Marcos Fernandes.
Mercado de Homeopáticos
Patrícia Martins Rezende, Gerente Técnica Linha Homeo Pet da Real H, empresa que fabrica produtos homeopáticos para animais, percebe o aumento do uso da homeopatia e do interesse veterinário por ela de diversas formas. “Recebemos inúmeros convites para participar de semanas acadêmicas e para ministrar aulas falando da terapêutica. Outra situação que permite essa percepção de interesse é através das palestras que organizamos, onde sempre há bom público querendo conhecer mais a terapêutica. Em relação aos estudos, além de inúmeros trabalhos que são publicados com o uso da homeopatia deforma geral, a Real H tem sido constantemente procurada para a realização de trabalhos com seus produtos, tanto para grandes quanto pequenos animais. Além disso, a linha Homeo Pet, que é especifica para animais de companha está há 13 anos no mercado e ano após ano, ela vem crescendo consideravelmente”, revela Patrícia, que acredita no maior crescimento da homeopatia quando ela fizer parte da formação dos médicos veterinários na universidade. “Um profissional que durante sua formação não viu nada de Homeopatia, dificilmente logo que sai da faculdade irá prescrever”, ressalta.
“Ainda existe muita falta de conhecimento em relação a Homeopatia e por conta disso muitos paradigmas foram sendo criados e repassados, mas no momento que o profissional usa os medicamentos e tem a oportunidade de acompanhar os resultados, a maioria dos paradigmas são eliminados”, aponta Patrícia.
Maria do Carmo Arenales, veterinária, diretora e responsável técnica do Laboratório Homeopático Arenales, reitera que os benefícios dessa terapia para animais são gigantescos, e incluem desde a facilidade de serem administrados, como o fato de não causarem dependência, efeitos colaterais ou intoxicações aos pets. “Não se trata de uma medicina lenta, e sim, extremamente eficaz, amplamente pesquisada e muito usada em países como Inglaterra, França e Alemanha. Existem muitas pesquisas em universidades e instituições na esfera da medicina veterinária de pecuária ou animais de companhia que comprovam em métodos científicos aceitos internacionalmente e a eficiência da medicina homeopática. Nossos constantes lançamentos também são termômetros do crescimento do segmento”, destaca. Ainda segundo a veterinária, ainda existe uma falsa crença que sugere ser o medicamento homeopático de ação lenta, razão pela qual o tempo de resposta do organismo para com o remédio deixaria a desejar. “Esse é um preconceito gerado por uma desinformação popular, que muitos contrários à homeopatia gostam de divulgar. Já está comprovado que o tempo de reação do organismo é proporcional ao tempo da afecção: se estivermos diante de um processo agudo instalado em pouco tempo (por exemplo, uma pneumonia, ou diarreia que iniciou há poucas horas) teremos a resposta em poucas horas também; porém, se a afecção estiver instalada há anos, revelando-se um processo crônico (como uma alergia), teremos a resposta do organismo em algumas semanas e a cura instalada em meses, dependendo de cada caso”, explica. “Apoiada em leis naturais e imutáveis e, portanto, aplicáveis tanto em seres humanos como em animais, a homeopatia, de tão verdadeira e benéfica, vem conquistando a adesão de um número cada vez maior de profissionais da saúde, sendo sua prática irreversível. Isso pode ser comprovado na medicina veterinária, onde cresce o número de veterinários interessados em conhecer a terapêutica homeopática, ora por livre iniciativa e busca de novos conhecimentos científicos, ora por sofrerem pressões de clientes e até de movimentos ecológicos”, finaliza Maria do Carmo.
Ozonioterapia
Pelo crescente interesse por terapias complementares por parte de veterinários e tutores, além do registro de excelentes resultados, as Resoluções nº 1363 e 1364 do CFMV entraram em vigor em novembro de 2020 para regulamentar os tratamentos por ozônio e laser. “A ozonioterapia é uma terapia médica, que consiste no uso do gás ozônio como forma de cura, promoção e manutenção da saúde animal. Tem sido amplamente empregada no controle de feridas cutâneas e lesões infeccionadas tanto no homem como nos animais, bem como nas afecções ortopédicas e neurológicas e recentemente na medicina interna. O gás O3 é um agente terapêutico, proporcionando benefícios ao organismo desde o sistema imunológico até o musculoesquelético. Esta aplicação do gás por diversas vias, como insuflação retal, subcutâneo, intramuscular, etc., é uma forma de estresse oxidativo, agudo, controlado. Este estresse oxidativo desencadeia uma série de reações que promoverão estímulo metabólico, reparação tecidual, aumento do metabolismo, melhora da perfusão, ações bactericidas, fungicida e viricida e ainda controle dos radicais livres com incremento das ações antioxidantes naturais”, explica o professor Dr. Jean G. F. Joaquim, ex-presidente e fundador da Abo3vet,de Botucatu-SP. Ainda segundo ele, a ozonioterapia tem múltiplas indicações, a depender do paciente e do conhecimento do médico-veterinário. “Pode ser utilizada como tratamento único ou complementar. A sua indicação isolada e ou combinada depende de avaliação clínica e da enfermidade. Como exemplo podemos citar o uso o tratamento de osteoartrose, no qual eventualmente a ozonioterapia pode ser utilizada isolada ou casos dermatológicos na qual pode ser utilizada de forma complementar aos tratamentos convencionais a fim de otimizar controle de infecções e cicatrização, entre outros benefícios”, explica.
Dr. Jean acredita que a área vivenciou grandes avanços no Brasil e no mundo, pela maior quantidade de trabalhos em congressos, revistas e, principalmente, teses de mestrado e doutorado com ozonioterapia em medicina veterinária nas melhores universidades do país. “Há uma grande demanda por parte do próprio tutor, que a partir de experiências pessoais positivas com a técnica, ele quer realizar o mesmo tratamento no seu animal, bem como por informações oriundas da mídia em geral”, acrescenta.
O veterinário também destaca que, embora a ozonioterapia tenha vindo de fora para o Brasil, especificamente da Alemanha, Estados Unidos, Espanha entre outros, hoje, no mundo, o Brasil se destaca como maior fonte de uso, conhecimento e pesquisa na área veterinária. “Nós mesmos já fizemos palestras nos EUA em diversas ocasiões, presencialmente e on-line, além de Rússia, Turquia, Portugal, entre outros países”, compartilha o veterinário, que indica capacitação em cursos teórico-práticos para quem estiver em busca de atuar com essa terapêutica. “Neles são ensinados os passos básicos da ozonioterapia, tais como segurança, doses, formas de tratamento, entre outros temas. A ozonioterapia necessita de um investimento em educação, equipamento gerador e depois em conhecimento, para esclarecer aos colegas sobre eficácia, indicações, segurança e como isso tudo pode beneficiar o paciente”, finaliza.
Terapia com Florais
Assim como as demais terapias energéticas, o tratamento de florais atua num nível sutil do campo vibracional dos animais. Segundo a Dra. Elisangela Tavares, médica-veterinária integrativa, formada pela FMU-SP, especializada em Florais de Bach e muitas outras terapias, de São Paulo-SP, os florais são usados para resolver questões emocionais e comportamentais, mas também atua em questões físicas como para ajudar a melhorara imunidade do animal ou ainda em casos de esgotamento físico e mental causados por processos crônicos, dolorosos, quimioterápicos, etc. “Essa terapia funciona muito nos animais de estimação, pois eles não têm resistências, não colocam bloqueios psicológicos e intelectuais como o ser humano”, explica Elisangela, que ressalta como grande vantagem dos florais a facilidade de administração (colocados nos alimentos do pet ou via oral) e a ausência de efeitos colaterais. “Isso acontece porque os florais não atuam quimicamente e fisicamente no corpo, mas sim, num campo de energia. É preciso entender que a terapia com florais não é algo místico ou esotérico, pois a física quântica explica o seu mecanismo de ação, pois o nosso campo vibracional é mensurável com ferramentas, são átomos também. Mas não conseguimos enxergar em microscópio por ser algo muito sutil”, ressalta. Elisangela diz que ainda falta informação e consciência do quanto essas terapias trazem resultados positivos aos seres vivos. “Existem estudos sobre a eficácia do Reiki, florais, entre outras terapias tanto em pessoas como em animais. Porém, a comunidade cientifica alopata quer sempre provas materiais e resultados químicos, por isso, ainda enfrentamos certa resistência a essas terapias, pois querem tudo comprovado fisicamente. Mesmo assim, ouso de florais está aumentando muito, cada vez mais as pessoas acreditam nesses tratamentos energéticos, o que mostra uma evolução de consciência que das pessoas em relação aos produtos naturais, que são muito mais perfeitos e têm muito mais conexão com nossa essência do que remédios sintetizados em laboratórios”, opina.
Ainda segundo Elisangela, é preciso que o médico-veterinário tenha conhecimento suficiente para saber diagnosticar e formular o floral correto ao seu paciente. “Um diagnóstico bem feito exige uma avaliação de contexto amplo, que inclui uma visão sistêmica familiar. Como é a vibração da energia das pessoas da casa? E a energia de quem o pet é mais próximo? O animal de estimação passou por um trauma ou maus-tratos no passado?”, indaga a médica veterinária, ao enfatizar a importância de se prezar pelos cuidados de esterilização do material usado nas fórmulas e na correta conservação de frascos e essências. “Florais devem ser manipulados com ética, seguindo todas as normas de higiene para que não haja contaminação no produto final”, finaliza Elisangela.
Por Samia Malas
Entrevistados:
Aloísio Cunha de Carvalho – Mestrado em Imunopatologia com ênfase na planta medicinal Arnica. PhD em Patologia Ambiental e Experimental com ênfase em Oncologia Integrativa e Viscum album. Membro da Comissão de Homeopatia do CRMV-SP.
Jean G.F. Joaquim – Ex-presidente e fundador da Associação Brasileira de Ozonioterapeutas (Abo3vet). Coordenador Científico do Instituto Bioethicus.
Marcos Eduardo Fernandes – Médico-veterinário Homeopata, doutor em ciências pela USP, comunicador da Rádio Vibe Mundial e psicanalista. Autor dos livros “Cara de Um Focinho do Outro”, “Os Animais e as Constelações Familiares – Uma Visão Sistêmica”, e “Medicina Germânica Multiespécie”. Site: drmarcosfernandes.com.br
Maria do Carmo Arenales – Diretora, responsável técnica, veterinária homeopata e especialista pelo CFMV
Matheus Amauricio Krolow – Mestre em Fitoterapia Chinesa. Especialista em: Medicina Tradicional Chinesa; Acupuntura Humana e Veterinária; Fitoterapia Chinesa; Homeopatia Humana e Veterinária. Site: equilibriumcursos.com.br
Elisangela Tavares Médica- veterinária integrativa, especializada em Reiki, Florais de Bach, Cromoterapia, entre outras terapias. Site: omvet.com.br
Patrícia Martins Rezende – Médica-veterinária com especialização e pós-graduação em Homeopatia Veterinária. Gerente Técnica Linha Homeo Pet, da Real H